terça-feira, 20 de agosto de 2013

Copas da Vida




A mais remota lembrança que tenho de uma Copa do Mundo é a de 1958.
Não havia televisão.
A transmissão era feita pelo rádio.
Tinha eu, 7 anos.
Meu pai e meu padrinho, com o radinho de pilha no centro da mesa. Uma cerveja ao lado e muito nervosismo na torcida pela vitória da seleção.
O único interesse que tive, foi na alegria que contagiava a todos. A superstição dominava o ambiente. Se alguém passava pela sala e ia ao quarto, uma boa jogada da seleção impedia a volta para sala.
Tudo, para uma menina de 7 anos, era muito novo.

Em 1970, já com 19 anos, assistia pela primeira vez, uma transmissão ao vivo, pela televisão.
Reunião de amigos, torcida com camisa da seleção e uma grande farra depois de cada jogo.
A vitória da Copa do Mundo desse ano foi comemorada com muita festa.

Tudo para uma moça de 19 anos era muito novo.

Em 1974, com 23 anos e casamento marcado para julho (assim que a Copa acabasse), meu pai resolveu assistir à Copa na Alemanha.
Vi pela primeira vez a transmissão ao vivo e em cores.
Mas será que papai ia chegar à tempo de entrar comigo na igreja?
Bom, o Brasil foi eliminado e felizmente meu pai chegou.

Tudo para uma noiva de 23 anos era muito novo.

Em 1978, com 27 anos, casada e com dois filhos, assisti à Copa do Mundo junto com minha família.
Ensinar a meus filhos o que era uma Copa do Mundo e a torcer pelo Brasil, foi uma tarefa agradável.
Mostrou à mim e a meu marido a beleza da reunião da família, tornando esse valor mais amplo.

Tudo, para uma mãe de 27 anos, era muito novo.

De lá até hoje tive mais um filho (hoje com 31 anos). Nasceu uma linda neta, hoje com 13 anos. Assisti a 8 Copas do Mundo. Vi o Brasil ser pentacampeão e, tudo para uma senhora de 63 anos, continua muito novo.

Essa curiosidade pelo novo é que me inspira a contar todas as histórias que vejo, vi e vivi através de meus quadros.

E vai ter Copa no Brasil e acho isso fantástico!

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